A remoção do neurinoma do acústico pode afetar o nervo facial?
O neurinoma do acústico está em íntimo contato com o nervo facial que é responsável por fechar o olho e também os músculos da expressão facial. Paralisia facial temporária pode ocorrer após a ressecção do neurinoma do acústico. Fraqueza pode persistir por 6 a 12 meses. Poucos pacientes apresentam fraqueza facial permanente. A paralisia facial pode ser resultado de inchaço ou dano no nervo. O inchaço é comum pelo fato de que o nervo comprimido e distorcido pelo tumor no conduto auditivo interno.
O que pode ser feito para a reabilitação?
A remoção tumoral cuidadosa com uso de microscópio cirúrgico e monitorização do nervo facial frequentemente resulta em preservação do nervo facial. O estiramento do nervo facial pode também resultar em inchaço com paralisia facial temporária subsequente. Nesses casos, a função do nervo facial é acompanhada de perto por meses após o procedimento. Se existe certeza que a função do nervo facial não será recuperada ao longo do tempo (1-2% dos casos), uma segunda cirurgia pode ser realizada para conectar o nervo facial com um nervo no pescoço (Anastomose hipoglosso-facial).
Em 1-2% dos casos o nervo facial passa no meio do neurinoma do acústico. Além disso, o tumor pode ser originado no próprio nervo facial (neurinoma do facial). Nessas situações é necessário remover parte o todo o nervo para ressecção tumoral. Quando isso é necessário, o nervo facial pode ser imediatamente reconectado ou ser realizado uma “ponte” com nervo que promove sensibilidade na pele de uma parte do pescoço para conectar o nervo facial que falta.
Quando não é possível reconectar ou realizar uma “ponte” no nervo facial, uma segunda cirurgia pode ser realizada para reanimação da face. Uma opção é anastomose hipoglosso-facial, conectando o nervo da língua com o nervo da face. Uma outra opção é a cirurgia de reanimação facial em que o músculo temporal (mastigação) é conectado aos músculos da face para auxiliar na movimentação.